A Casa Ideal ® dá a conhecer as boas práticas e os erros a evitar no momento de vender casa.
Numa época marcada por grande agitação social e económica, decorrente de uma inesperada crise sanitária à escala global, o setor imobiliário mostrou-se resiliente à pandemia. Ainda assim, a subida dos preços das casas abrandou e perspetiva-se um cenário de estabilização, e até queda, que origina a questão: Vender casa agora, sim ou não?
Procurámos perceber quais os passos a dar para fechar negócio neste contexto, as vantagens de recorrer a um mediador, e um conjunto de boas práticas para vender bem (e mais depressa).
No final do ano passado, o Banco de Portugal veio alertar para o risco de correção em baixa dos preços das casas, reiterando um cenário antecipado pela Comissão Europeia, que espera um ajuste a curto prazo. No entanto, e apesar do ritmo de crescimento do valor da habitação estar a desacelerar, a atividade imobiliária dá sinais de continuar a ser um investimento seguro, tal como explicam os especialistas.
Frederico Abecassis, CEO da Coldwell Banker Portugal, cita um estudo feito pela empresa a nível europeu, que identificou uma tendência de investimento maioritariamente em imóveis residenciais, considerando, por isso, que “esta fase poderá ser propícia e indicada a proprietários que estejam em fase de decisão”. Além disso, o profissional do setor aconselha a consulta de uma agência imobiliária que ofereça uma proposta de valor adequada ao momento em que vivemos, sendo importante “confirmar que o imóvel será promovido maioritariamente por meios digitais e tecnológicos”, e saber que “alguns dos serviços que o cliente deverá obter por parte do consultor imobiliário são fotografias e vídeos profissionais e visitas virtuais.
Do processo de divulgação do imóvel, relembra, deverão ainda fazer parte as “parcerias a nível nacional e internacional e recursos digitais diversos que permitam uma maior distribuição da informação, captação de potenciais clientes e apresentação do imóvel em segurança”.
Quais os tipos de imóveis mais procurados?
Casas mais espaçosas, com áreas exteriores, sobretudo fora dos grandes centros urbanos. Esta parece ser a tendência do momento, impulsionada, em parte, pela pandemia. Existe um aumento da procura por moradias, apartamentos com área exterior e condomínios com espaços verdes e área de lazer, com possibilidade de ser criada uma divisão destinada a home office.
Recorrer a um mediador VS vender a casa sozinho
O processo de venda de um imóvel envolve vários passos e burocracias, e é preciso estar muito atento a cada detalhe para garantir que tudo corre bem. Há vantagens e desvantagens em qualquer processo, seja para quem decida recorrer a um mediador imobiliário para fazer negócio, ou para quem opte por vender a casa sozinho.
Vantagens em recorrer a um mediador:
– Apoio para estimar o valor de mercado do imóvel, passando pela preparação de um plano de marketing devidamente adequado àquele imóvel, à promoção do mesmo, até à sua apresentação profissional perante potenciais compradores (também estes, já qualificados e com perfil adequado ao imóvel em questão).
– Conhecimento acerca da obtenção da documentação e respetiva análise;
– Acompanhamento que é dado em todo o decorrer do processo, passando pela publicitação do mesmo, obtenção de clientes, visitas, obtenção e análise de propostas, avaliação do imóvel, serviços de homestaging e valorização do imóvel.
Como vender a casa depressa e bem? Apresentamos dicas para fazer um bom negócio.
– Estabelecer corretamente o preço de venda: “Um valor demasiado baixo pode representar uma venda muito rápida, mas também pode resultar numa perda financeira significativa. Por outro lado, um preço demasiado elevado pode significar que o imóvel vai ficar mais tempo à venda no mercado, ou que será mais difícil vendê-lo, porque aquele valor está a afastar muitos potenciais compradores”.
– Ter em atenção a forma como se apresenta um imóvel
– A divulgação do imóvel é a chave para qualquer transação, pois é importante valorizar e destacar todas as características do imóvel
– É fundamental ser objetivo e minucioso na descrição do imóvel: quanto maior a transparência, menor será o tempo de venda.
– Quanto mais apresentável e atrativa for a casa aos olhos do cliente, maior é a probabilidade de fechar negócio.
Vender depressa:
– Definir um valor de venda que esteja dentro da faixa média dos preços para a zona e localização;
– Realizar um bom trabalho multimédia (boas fotografias, virtual tour, vídeo, 3D, etc);
– Investir fortemente na promoção do imóvel.
Evitar fazer:
– Abordar um negócio sem uma exaustiva preparação sobre as características do produto (gera uma quebra de confiança do cliente);
– Saltar etapas, como propor visitas ao imóvel sem devida qualificação do cliente;
– Desprezar pequenos arranjos, como pinturas das paredes (conserte tudo o que está estragado);
– Não limpar ou arrumar, deve-se ainda, adicionar aromatizadores com cheiros suaves.